O estudante Gabriel Hovelacque, do Curso de Educação Física da UninCor Pará de Minas, vai representar o Brasil no 4º Campeonato Mundial de Badminton dos Surdos [World Deaf Badminton Championships] em Sófia, na Bulgária. A competição será realizada de 18 a 25 de julho e vai reunir surdos-atletas de vários países.
Gabriel nasceu com perda auditiva bilateral profunda mas conta que a deficiência nunca o impediu de realizar seus sonhos. "Participar deste evento internacional é uma grande responsabilidade. Eu vou representar não só meu país, mas todos os surdos do Brasil. É uma grande e importante tarefa, portanto, sou muito agradecido a todos e a todas as pessoas que me incentivaram para que eu pudesse chegar aonde cheguei".
Na competição, Gabriel faz dupla com Rogério Zago, com quem foi campeão do Circuito Nacional de Badminton dos Surdos, que ocorreu no Distrito Federal. Os atletas estão com viagem marcada para o dia 12 de julho.
Badminton
O Badminton tem origem inglesa que começou a ser desenvolvido em meados do séc. XIX. A prática do esporte ganhou países como Dinamarca, Canadá e Estados Unidos e logo ele foi ganhando espaço em competições em todo o mundo. Nas Olimpíadas de Munique [1972] e de Seul [1988] fez parte dos jogos como esporte de exibição até conseguir entrar para o calendário oficial de disputa em Barcelona [1992].
No jogo, os atletas conquistam pontos rebatendo uma peteca com uma raquete flexível sem deixá-la cair do seu lado da quadra. Cada partida tem três games de 21 pontos cada, e vence quem ganhar dois sets.
Gabriel começou no esporte a convite do amigo e parceiro de quadra, Rogério Zago. "Meu interesse surgiu quando acompanhava o esporte pela TV e pela internet. Depois comecei a praticar e me dedicar como atleta até começar a competir com indicação do Rogério". O apoio de organizações desportivas voltadas para os surdos também fizeram toda diferença no desenvolvimento e no desempenho do atleta. "Eu sou muito grato à CBDS – Confederação Brasileira de Desportos dos surdos, FMDS – Federação Mineira de Esportes dos Surdos e ASMG – Associação dos Surdos de Minas Gerais, por sempre terem me incentivado e nunca mediram esforços em me auxiliar nessa minha trajetória no Badminton. E também de maneira especial à UninCor por ser a universidade na qual eu estudo, que tem sido minha parceira e amiga na condução desse sonho", comenta.