Oficinas e Cursos
- Os cursos e oficinas são ofertados apenas para os inscritos no evento nas seguintes modalidades: 1. coordenador de GT; 2. apresentador de comunicação em GT; 3. ouvinte.
- As inscrições devem ser feitas apenas por e-mail, a partir do dia 11 de setembro de 2017. E-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
- As vagas são limitadas.
- Cada participante terá direito a uma inscrição em um minicurso ou uma oficina.
MEMÓRIA E AUTORIA: O ROMANCE BRASILEIRO NO SÉCULO XXI
Resumo: O curso tem por objetivo apresentar as diferentes manifestações narrativas do século XXI, buscando discutir as mudanças de perspectivas do discurso no que diz respeito ao lugar da autoria - na medida em que, a partir das duas últimas décadas do século XX, foram permeadas por narradores que problematizavam a relação autor-leitor, num eterno desejo do irrealizável. Um embate constante, no qual as demarcações da interferência de cada um estavam completamente perdidas. Devemos levantar as seguintes perguntas: De que forma o discurso memorialístico constitui o entrelugar que harmoniza as duas vozes - a do autor e a do leitor? O escritor pode, no século XXI, ter restituída a sua autoridade? Diante dessas questões, serão discutidos romances que foram escritos a partir de personagens que pairam entre o ficcional e o não ficcional. Autores como Silviano Santiago, Luciana Hidalgo e José Luiz Passos trouxeram para frente de cena personalidades históricas que ganham vozes de modo a denotarem suas verdades psicológicas enquanto indivíduos. Ao se basearem em referências memorialísticas sobre hábitos, costumes, descrições das cidades e imagens criadas sobre as personalidades estariam lhes oferecendo vida. Mas será que a memória coletiva autentica a realidade individual desses personagens? Ou estamos diante da perspectiva dos romancistas que os observaram e sentiram perante as suas relações com o mundo? O presente curso não pretende responder tais questões, mas problematizá-las, na medida em que a literatura contemporânea, como fruto deste momento histórico de ressignificação, vem nos apresentando impasses no que diz respeito às velhas dicotomias da sociedade em todos os seguimentos que a constitui.
Palavras-chaves: memória; romance; autoria; século XXI.
Vagas: 25
Público: participantes do evento
Data: 05 de outubro de 2017 – 09 às 12 horas (Carga horária: 03 horas)
Ministrante: Carina Ferreira Lessa (UNINCOR)
O PÓS-COLONIAL E A MULHER: ESTRATÉGIAS DE RESISTÊNCIA NA PRODUÇÃO LITERÁRIA DE EXPRESSÃO EM LÍNGUA INGLESA
Resumo: A investigação de obras pós-coloniais não só tem sido uma importante fonte de reflexão acerca da situação dos sujeitos das ex-colônias, mas também tem proporcionado novas leituras sobre o que é a condição pós-colonial. Partindo das leituras de Edward Said (1978), Homi Bhabha (1994) e Gayatri Spivak (1990) sobre pós-colonialismo, pós-colonialidade e imperialismo, nota-se que, entre erros e acertos, sonhos e guerras, a mulher como sujeito pós-colonial sofre daquilo que Thomas Bonnici (2012) descreve como “dupla colonização”, pois questões de gênero e classe permeiam as suas experiências. A literatura produzida por mulheres nas ex-colônias oferece uma releitura da posição deste sujeito na sociedade, além de abrir espaço para questionamento das noções de tradição e cânone, temas de valor para a discussão das grand narratives no sentido lyotardiano. Diversas escritoras de diferentes ex-colônias como Nigéria, Zimbábue, Austrália, Guiana e Índia têm produzido romances, contos, poesia e materiais críticos sobre a experiência singular de cada uma, proporcionando formas de desessencialização e desnaturalização. Reconhecendo esse silêncio sobre o (não-) lugar da mulher na literatura pós-colonial, esse curso tem como objetivo apresentar e ilustrar estratégias de resistência dentro do cenário das literaturas pós-coloniais de língua inglesa, focando na produção de escritoras e suas perspectivas contemporâneas. Discutir-se-á como, através dessas estratégias, essas escritoras têm questionado e revisado o cânone das literaturas de expressão em língua inglesa para dar voz e espaço ao sujeito feminino previamente silenciado.
Palavras-chaves: Pós-colonialismo, Escritoras pós-coloniais, Estratégias pós-coloniais, Literaturas de língua inglesa.
Vagas: 25
Público: participantes do evento
Data: 05 de outubro de 2017 – 09 às 12 horas (Carga horária: 03 horas)
Ministrante: Ruan Nunes Silva (UFF)
O DISCURSO POLÍTICO NA TELEVISÃO: CONSIDERAÇÕES À LUZ DOS ESTUDOS EM ANÁLISE DE DISCURSO
Resumo: Dentre os suportes de difusão do discurso político eleitoral, as transmissões televisivas têm uma grande circulação nos períodos de campanha. Nossa proposta é trabalhar com os regimes de discursividade desse objeto de estudo de modo a trazer possibilidades de análise dessa produção discursiva, na atualidade, em vista de sua composição sincrética e considerando que o espaço do dizer político é povoado de estigmas negativos a respeito dos atores políticos que circundam o imaginário social. O caráter espetacularizado desse discurso, que diz também com as imagens, numa espécie de teatralização, nesse suporte, emociona, seduz, encanta em busca da adesão do eleitor. Nessa conjunção de elementos, a imagem constitui uma linguagem muito eficaz, favorecendo uma falsificação das aparências na ambição de mostrar a essência do homem: constroem-se verdades a partir de uma ligação com o que se vê. Por estar ligada ao que se vê, a verdade que se constrói no discurso político obedece a uma determinada ordem do olhar, que promove efeitos de sentido a partir do que se dá a ver. Nosso embasamento teórico se apoia nas reflexões de Michel Pêcheux sobre a Análise do Discurso, Jean-Jacques Courtine sobre o discurso político e Michel Foucault a construção do sujeito. Traremos para o curso fragmentos das campanhas televisivas de 1989 a 2014, com vistas a promover condições de análise que possibilitem olhar para as mutações ou movimentos dessa construção do discurso político televisivo ao longo das campanhas brasileiras.
Palavras-chaves: Análise do Discurso, discurso político eleitoral, televisão
Vagas: 25
Público: participantes do evento
Data: 05 de outubro de 2017 – 09 às 12 horas (Carga horária: 03 horas)
Ministrante: Luciana Carmona Garcia Manzano (UNIFRAN)
O MEMORIALISMO EPIFÂNICO DE ADÉLIA PRADO
Resumo: A interseção entre memorialismo poético e representação do doméstico cotidiano tendo como sujeito de enunciação lírica uma voz feminina de “tom despudoradamente íntimo” é característica bastante notada na poética de Adélia Prado. Essa escrita de si projeta-se como delimitação e afirmação de uma dicção singularizada localiza o discurso poético em uma espacialidade doméstica e feminina, assumida de forma surpreendentemente afirmativa e, por outro lado, vivencia o corpo e da matéria como espaços abertos para a experiência místico-epifânica. A memória tem como uma das características principais ser construção de sentido a partir de experiências, afetos, símbolos e desejos, e nesse aspecto em particular estabelece intima relação com o viver religioso, pois a vivência religiosa é também uma construção simbólica de sentidos para sustentar nosso estar-no-mundo a partir de ritos e partilhas de fé. Dada essa possibilidade de aproximação entre dois elementos que estão fortemente presentes na poesia de Adélia Prado, autora reconhecida pelo viés místico e erótico de sua poesia, o minicurso propõe uma reflexão sobre o memorialismo adeliano, principalmente, os aspectos sensoriais e imanentes dessa poética que, ao reconstruir uma narrativa memorialista, testemunha uma concepção de religiosidade onde a corporalidade, humana e divina, é problematizada. Dada a extensão de sua obra poética, o minicurso se concentrará em seus primeiros, e mais fortemente memorialista, livros Bagagem (1976) e O coração disparado (1978).
Palavras-chave: Memorialismo, Adélia Prado, Religiosidade.
Vagas: 25
Público: participantes do evento
Data: 05 de outubro de 2017 – 09 às 12 horas (Carga horária: 03 horas)
Ministrante: Cleide Maria de Oliveira (CEFET-MG)
UMA ARQUEOLOGIA DA DELICADEZA: POESIA E PERVERSÃO
Resumo: Inicialmente, o curso Uma arqueologia da delicadeza: poesia e perversão propõe a leitura de algumas das primeiras incidências do termo delicatus / deliciae na poesia homoerótica latina (Horácio, Ovídio, Virgílio, Propércio, etc.), onde a palavra se vê direta ou indiretamente ligada à escravidão e à pederastia. Em seguida, aproxima estas incidências romanas ao princípio de delicadeza explicitado por Roland Barthes em O Neutro (cujo autor epônimo seria o Marquês de Sade), até, finalmente, observar alguns modos pelos quais a delicadeza atravessa a poesia e a arte contemporâneas, sem desconsiderar a tensão polissêmica do termo. Assim, pretende-se demonstrar que a delicadeza não se rende às noções domesticadas pelo mercado editorial ou artístico, constituindo o próprio modo pelo qual a poesia busca resistir ao irresistível de si mesma (Jacques Rancière); que a poesia, termo transitivo, é uma constante impropriedade (Jean-Luc Nancy), ou, como diria de outro modo Décio Pignatari: “na poesia interessa o que não é poesia”. Deste modo, pensar a delicadeza implicaria reviver não apenas as tensões intralinguísticas do termo (entre verso e perversão, carinho e lascívia, delícia e delicatessen), mas perceber de que modo a delicadeza da poesia torna-se, precisamente, uma tentativa de perverter o interior [não há fora] da linguagem, manifestando-se como uma infinita mutilação e reelaboração do seu nascimento.
Palavras-chaves: Delicadeza, Poesia, Perversão.
Vagas: 25
Público: participantes do evento
Data: 05 de outubro de 2017 – 09 às 12 horas (Carga horária: 03 horas)
Ministrante: Marcelo Reis de Mello (UFF-CAPES)
A RETÓRICA DOS QUADRINHOS
Resumo: O curso tem por proposta perscrutar o potencial retórico da linguagem dos quadrinhos, entendendo aqui a retórica num sentido lato, como o emprego de recursos para angariar a atenção e a adesão racional e emocional de interlocutores por meio da linguagem. Nesse sentido, propõe-se a compreender o processo cognitivo que se desenvolve na leitura dos quadrinhos, abordando o potencial significativo de diferentes aspectos associados a essa linguagem, como o espaço da página, a sequencialidade, o requadro, a composição, o design das personagens, o estilo estético, o cromatismo, a iluminação, a ambientação, o formato dos balões e a relação texto-imagem. Esse último aspecto será abordado considerando a noção de relais, proposta por Roland Barthes no seu célebre artigo Rhétorique de l'image. Para os outros aspectos, serão evocados os fundamentos de estudiosos da percepção visual, como Rudolf Arnheim (Arte e percepção visual, Visual Thinking), Gyorgy Kepes (Language of vision) e Donis A. Dondis (Sintaxe da linguagem visual), bem como de autores que investigam a linguagem dos quadrinhos. Considerando que a eficácia retórica se dá pelo domínio técnico do quadrinista e pelo conhecimento que este tem do processo perceptivo e interpretativo do leitor, também serão analisadas obras de nomes de referência no campo dos quadrinhos.
Palavras-chaves: Quadrinhos; Linguagem; Retórica; Textos sincréticos; Percepção Visual.
Vagas: 25
Público: participantes do evento
Data: 05 de outubro de 2017 – 09 às 12 horas (Carga horária: 03 horas)
Ministrante: Fernando Aparecido Ferreira (UNIFRAN)
GÊNERO E DIVERSIDADE SEXUAL
Resumo: A questão de gênero e sexualidade está sempre presente nos discursos aceitos naturalmente nas práticas cotidianas. A constituição do espaço revela a ideia de que os estereótipos são socialmente sedimentados nos atos de fala e na intersecção das representações dos papeis historicamente delineados. Por outro lado, o direito à diferença tem ganhado visibilidade nos últimos tempos, justamente para ampliar os espaços de quem sofre as consequências discriminatórias de uma sociedade que prima pela igualdade formal e pela heteronormatividade. Assim, o objetivo desse curso é trabalhar questões referentes à diversidade sexual e de gênero, especialmente no âmbito escolar. A escola é o lugar privilegiado de formação onde assuntos polêmicos podem ser discutidos, além de ser também espaço singular para os discentes se posicionarem criticamente em relação à multiplicidade de formas de vivenciar a sexualidade e a identidade de gênero.
Palavras-chaves: gênero; diversidade sexual; identidade.
Vagas: 25
Público: participantes do evento
Data: 05 de outubro de 2017 – 09 às 12 horas (Carga horária: 03 horas)
Ministrante: Terezinha Richartz (UNINCOR)
Lançamento de livros
Memória e discurso(s): representações literárias e linguísticas nos séculos XX e XXI
Ana Paula Teixeira Porto / Cilene Margarete Pereira (organizadoras)
Editora URI
Frederico Westphalen (RS)
Emílio Moura: o poeta em busca do incognoscível
Luciano Marcos Dias Cavalcanti
Editora Multifoco
Rio de Janeiro (RJ)
Graciliano Ramos: o desarranjo interior e a estética da memória
Carina Lessa
Editora Gramma
Rio de Janeiro (RJ)
Literatura de Minas: vozes esquecidas
Luciano Marcos Dias Cavalcanti / Moema Rodrigues Brandão Mendes (organizadores)
Editora Multifoco
Rio de Janeiro (RJ)
Teatro e tradução de teatro: estudos v.1
Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa / Anna Palma / Ana Maria Chiarini (organizadoras)
Ed. Relicário
Belo Horizonte (MG)
Eurípides, 484 a.C.
Orestes / Eurípides; Trupersa; Trupe de tradução de teatro antigo
Tereza Virgínia Ribeiro Barbosa (direção de traduação).
Ed. Ateliê Editorial
Cotia (SP)
Silviano Santiago: uma pedagogia do falso
Maria Andréia de Paula Silva
Editora Appris
Curitiba (PR)
Aquele que tiver interesse em lançar seu livro no evento (publicações dos anos de 2016 e 2017), deve enviar os dados completos (nome do autor; título da obra; editora; cidade) para o seguinte e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. até dia 02 de setembro de 2017.
Informações importantes:
1. O lançamento de livros é reservado aos autores inscritos no VII Encontro Tricordiano de Linguística e Literatura como apresentador de comunicação, coordenador de GT ou ouvinte.
2. Os livros lançados no evento devem pertencer, obrigatoriamente, à área de Letras, sendo estudos críticos e/ou teóricos linguísticos ou literários.
3. O autor que concordar em lançar seu livro no evento deve doar dois exemplares à Biblioteca da Universidade Vale do Rio Verde, Campus de Três Corações. O mesmo vale para editoras e/ou livreiros que devem contatar a comissão organizadora pelo e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo. para avaliar as condições de doação.