Apresentação

A enfermagem é atualmente a maior classe profissional do Brasil, totalizando mais de 2 milhões de profissionais conforme dados disponíveis no site do Conselho Federal de Enfermagem (COFEN, 2019).
A grande oferta de vagas de graduação gera aumento na oferta de profissionais disponíveis no mercado de trabalho, esse fato estreita os mecanismos de aquisição da primeira oportunidade de colocação para os enfermeiros recém-formados.
A dinâmica e contratações de enfermeiros é influenciada hoje, prioritariamente, por critérios como a experiência e a formação complementar. Contudo, uma característica ainda muito valorizada e procurada pelas empresas nos processos seletivos para enfermeiros é a habilidade de liderança a qual mesmo que provenha de um cunho natural dos indivíduos como um valor pessoal, pode e necessita ser desenvolvida.
A vivência prática em serviço é sobremaneira a único veículo de desenvolvimento de habilidades técnicas e, certamente, também de habilidades comportamentais. Deste modo, o ciclo do aprendizado do adulto, descrito pelas correntes de ensino adragógicas, destacam a “prática” como a melhor ferramenta para o aproveitamento do conhecimento. Além disso, ainda sugerem a inserção de treinamento de habilidades e da simulação de atividades reais como forma de aumentar a eficácia do desempenho na etapa de imersão prática (KOLB,1984).
No âmbito da saúde esse contexto é extremamente importante, pois soma-se ao fato de que uma formação que permite melhor desempenho do profissional, com maior nível de assertividade e produtividade, também é bem valorizado no mercado de trabalho.
Assim, um curso de pós graduação Latu Sensu que viabilize a imersão prática do profissional enfermeiro em um serviço hospitalar pode fomentar o desenvolvimento de habilidades técnicas e comportamentais destes profissionais. Este modelo de ensino com treinamento em serviço abre as portas da famigerada experiência para profissionais recém-formados e, sobretudo modula as características que o mercado valoriza.
Contudo, o diferencial deste modelo é a possibilidade de que os alunos enfermeiros possam adquirir experiência profissional. Neste modelo propomos uma inserção a nível de supervisão júnior, diferente dos modelos de residência de enfermagem ou multiprofissionais convencionais tutorados pelo Ministério da Saúde, o que permite o desenvolvimento de habilidades comportamentais como a liderança e a inteligência emocional.
A proposta de treinamento em serviço em uma importante instituição de saúde, permite o desenvolvimento pleno das capacidades de um enfermeiro mobilizando a formação em todas as áreas de atuação profissional: assistência, gestão, auditoria, pesquisa e educação.
O profissional formado se despontará como uma mão de obra qualificada de forma diferenciada. Esse profissional pode ser aproveitado pelo próprio Hospital Evangélico que pode otimizar o histórico de aproveitamento dos estagiários e, do próprio corpo de colaboradores no processo de recrutamento interno e, como forma de manutenção da política de plano de carreiras.